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Como os estereótipos de gênero afetam o sexo feminino: especialista organiza coletânea de estudos so


Elas são multifacetadas, complexas e capazes de alcançar qualquer coisa que desejem. São muito mais do que medidas em centímetros ou avaliadas por padrões de beleza irreais. Porém, ainda hoje, é comum observar como as mulheres ainda são rotuladas em estereótipos sociais de como deveriam ser e pensar. Afinal, como a mulher do século XXI se comporta diante das barreiras e preconceitos na sociedade?



Com o objetivo de reunir e compartilhar conhecimentos por meio de uma coletânea de trabalhos acadêmicos sobre esse e outros temas sociais, a professora e coordenadora do curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio São Luís, Carmem Campos, apresenta uma coletânea de estudos sobre o assunto, com o título “Transtornos, Estereótipos e o Ethos Feminino: temas ímpares para a Psicologia no século XXI”.



“O trabalho é fruto da qualidade dos trabalhos de pesquisa que são realizados aqui. Os artigos foram selecionados dentre os trabalhos de Conclusão de Cursos de alunos de Psicologia e escolher quais deveriam ser publicados foi um trabalho hercúleo. Selecionar os melhores e/ou os que tinham uma temática ímpar, seminal, exigiu muito trabalho”, explica.



Problemas sociais que afetam diretamente a saúde mental da sociedade atual como Síndrome de Burnout, estresse e depressão também estão presentes em alguns dos artigos selecionados. O professor Gabriel Nava, que também organiza a obra, revela alguns dos temas escolhidos. “Alguns trabalhos, como os que tratam da qualidade de vida dos policiais militares que trabalham em São Luís ou analisam a vivência de jovens surdos durante o isolamento social na pandemia de covid-19, serão referências, não só pela qualidade, mas por serem trabalhos que abordam a temática a partir de uma perspectiva nova, única”, afirma.



De acordo com o profissional, os artigos também abordam assuntos como o aumento da quantidade de suicídios no Maranhão, a importância da assistência as pessoas que foram impactadas por um suicídio (posvenção), inclusão de meio escolar de crianças que se encontram dentro do Espectro Autista (TEA), além de um destaque crítico ao estereótipo feminino com origem em princípios éticos e morais pela estrutura do machismo.



A coordenadora ressalta, ainda, a mensagem que espera alcançar o público. “É necessário perceber o outro. Entender que alguns comportamentos sociais não podem mais ser tolerados. E também compreender que a humanidade está vivendo um momento delicado, em que o adoecimento mental é uma verdade concreta. A Psicologia é uma das ciências mais capacitadas para ajudar os indivíduos a compreender e aprender a viver nessa sociedade cujo comportamentos sociais têm na sua base o choque de gerações, ou seja, boa parte dos princípios morais e éticos que nortearam o século XX não são mais aceitos ou estão sendo ressignificados no século XXI”, finaliza.

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